“No meio da escuridão da noite, deambulava sozinho. Devagar para não tropeçar mas raízes protuberantes das árvores que o rodeavam por todos os lados e cujas copas frondosas escondiam o céu estrelado.
A solidão e o silêncio caíam-lhe bem naquele momento. De mãos enterradas nos bolsos, caminhava sem destino. A dor da traição crescia-lhe no peito e estendia-se a todo o corpo, inflamando cada pedaço seu, cada ponta de esperança que o fazia respirar. Um par de lágrimas formou-se nos seus olhos e chorou. Como poderia ela ter-lhe feito aquilo? Durante anos admirara cada parte daquela rapariga. Amava as suas virtudes, respeitava os seus defeitos...
Ela era tudo para ele.”
(...)